D³e é lançado oficialmente em evento de empreendedorismo e educação

D3e é lançado oficialmente em evento de empreendedorismo e educação

O D³e – Dados para um Debate Democrático foi lançado oficialmente durante o 7° Seminário Internacional do Centro Lemann, em agosto de 2018. O evento, realizado em parceria com o Lemann Center da Universidade Stanford (EUA) e a Fundação Lemann,  aconteceu na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), com debates centrados em empreendedorismo e inovação na educação.

David Plank, professor pesquisador da Escola de Educação, co-diretor do Centro Lemann de Stanford (EUA) e membro do D³e foi quem apresentou o restante do grupo. Ao introduzir a proposta do D³e, Maurício Holanda, consultor legislativo da Câmara dos Deputados e doutor em Educação, ressaltou a necessidade de prover dados e informações que possam trazer mais coerência, esclarecer as nuances e elevar a qualidade do debate sobre políticas públicas. “Temos trabalhado frequentemente com meias verdades. Para sairmos do imbróglio em a Educação brasileira se encontra, precisamos ter um compromisso de honestidade intelectual de chegar o mais perto possível da verdade inteira”, explicou.  A carência de estudos para embasar políticas públicas, a dificuldade de acesso a pesquisas já existentes, a falha na disseminação dessas produções acadêmicas ao público interessado e muitas vezes até a falta de clareza na linguagem e na apresentação dos dados são fatores que dificultam esse processo.

João Cossi, diretor executivo da D3e

O D³e foi apresentada ao público justamente com a missão justamente trazer mais informação qualificada para um debate democrático que contemple diferentes pontos de vista. “Na prática, isso significa aproximar conhecimentos técnicos e científicos dos poderes legislativos e executivo, diminuindo a distância entre a academia e a gestão pública”, explicou o diretor executivo da D³e, João Cossi, mestre em Educação pela Universidade Stanford (EUA). A ideia é atuar na construção do conhecimento dentro do âmbito da gestão pública, produzindo relatórios sobre políticas públicas e participando de eventos para iniciar discussões sobre grandes temas. “Temos a intenção também de apoiar governos na definição de indicadores para acompanhamento de políticas públicas e apoiar parcerias entre universidades e governos para aumentar o conhecimento produzido”, completou Cossi.

Maurício Holanda discursa, e ao fundo, estão David Plank, Tássia Cruz, João Cossi e Daienne Amaral

Durante a mesa, a professora da Escola de Políticas Públicas e Governo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Tássia Cruz, apresentou dois relatórios produzidos pelo D³e. O primeiro sobre experiências internacionais de financiamento na educação e o segundo, sobre a escola de tempo integral. “A ideia é produzir insumos para o debate. Os relatórios não são um fim por si só”, explicou a professora. “Esse relatório de financiamento, por exemplo, quer entender como diferentes países distribuem recursos para a educação e o que podemos aprender a partir deles”.  

A apresentação também contou com uma participação externa ao grupo. Daienne Amaral, da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), falou sobre o desafio do uso de evidências em políticas públicas, reforçando o papel do D³e nesse cenário. “Mais do que operar esse processo do uso de evidências em políticas educacionais, precisamos refletir sobre esse processo. É isso que vai dar o feedback para a ação”, observou.

A previsão é que mais dois relatórios sejam lançados pelo D³e ainda em 2018. Além da produção dos documentos, o grupo também pretende formar uma rede de pesquisadores. “Estamos abertos a todos que quiserem colaborar”, completou Cossi.