Dyane Brito Reis, autora de estudo publicado pelo D³e sobre educação antirracista na América Latina, foi uma das convidadas
No dia 3 de junho foi realizada na Câmara Municipal de São Paulo a audiência pública ‘Racismo nas Escolas: Acolhimento das vítimas e responsabilização’ que reuniu diversos representantes da sociedade civil, especialistas e autoridades, e visou promover um debate amplo e inclusivo sobre as formas de combater o racismo e implementar políticas públicas eficazes. Durante a audiência, foram discutidos temas como a discriminação racial no mercado de trabalho, o acesso à educação e saúde de qualidade para a população negra, e a violência policial.
Vários depoimentos e propostas foram apresentados, destacando a importância de ações concretas e contínuas para enfrentar o racismo estrutural. Além disso, foram mencionadas iniciativas já em andamento e sugestões para futuras políticas públicas que visem a equidade racial. O evento, realizado no âmbito da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados Federais, também foi transmitido ao vivo pelo portal da Câmara Municipal de São Paulo e pelo canal do YouTube da Câmara, permitindo uma participação ampla da população que pôde acompanhar e contribuir com suas opiniões e propostas.
A pesquisadora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Dyane Brito Reis, autora de estudo publicado pelo D³e sobre educação antirracista na América Latina, foi uma das convidadas. Em sua fala, ela destacou a importância de reconhecer o racismo e desenvolver ações e políticas de acolhimento e de combate, e o pioneirismo do Brasil na elaboração e implementação de Ações Afirmativas na América Latina. Também reforçou a urgência de levar o debate na formação inicial de professores. “Uma em cada cinco crianças negras no Brasil abandona o sistema educacional antes de concluir os estudos e menos de dois terços dos estudantes negros e negras completam o ensino médio. E as crianças negras lidam diariamente nas escolas com o racismo, que acontece em sala de aula, mas também no currículo escolar”, afirmou a pesquisadora.